domingo, 20 de fevereiro de 2011

Liberté Egalité Fraternité




Liberdade igualdade e fraternidade, eis o tema da revolução francesa ocorrida em 1789. Os ideais voltados para o bem comum da sociedade estão em alta.

Hoje em um mundo que caminha cada dia mais evoluindo ao lado de avanços, sejam eles tecnológicos, científicos, políticos. Mas algumas pessoas ou grupos persistem em manter uma postura arcaica quando se trata de democracia e direitos humanos.

Os noticiários diariamente vêm informando a respeito de países que estão enfrentando manifestos, protestos contra as chamadas ditaduras, ou regimes autoritários. O caso que deu mais repercussão foi o do Egito, cujo presidente ditador se recusava a deixar o cargo.

O “mundo” que ainda sofre com esse tipo de postura dos seus representantes está se vendo em caminhada para a democracia. Os jovens mais uma vez, fazem o seu papel de tentar construir um lugar melhor para se viver.

Mas porque devemos lutar pela democracia? O que é democracia? Muitos se perguntam.

O conceito de democracia vem do grego “Demo-povo” “Kratos-poder”, que refere-se ao direito de expressão, de locomoção e principalmente direito ao voto, que elegerá a pessoa que irá os representar.

E democracia é fundamental em nossa sociedade, pois, quando nos referimos a um país, estamos nos referindo também a dezenas de milhões de pessoas, que pensão diferente, tem necessidades, e até mesmo culturas diferentes.

Uma só pessoa no poder, um só ponto de vista, uma pessoa que defende apenas os ideais de uma pequena parte dos cidadãos. Uma “ditadura”.

Segundo o Grupo RBS, 36,9% dos países no mundo estão ainda sob um regime ditador, cerca de 47,3% já tem a democracia implantada e o restantes estão em regimes híbridos.

Um volume muito grande de países em ditadura, tendo em vista que a mais de 60 anos da declaração dos direitos humanos, que asseguram direitos e deveres que são feridos por esse tipo de regime.

O mais comum de ocorrer, é a censura que pode ser a grande responsável pela supremacia desses regimes. O governo tem o apoio das forças armadas, e isso é um forte fator para intimidar os revolucionários.

Com movimentos de protestos os cidadãos tentam reclamar seus direitos, mas são recebidos com hostilidade pelos militares a mando dos governantes. Isso é vergonhoso.

As pessoas que deveriam nos defender, trabalhar para o melhor andamento da nação são as pessoas que ferem que mutilam os direitos das pessoas.

Por fim, digo que logo me veio à cabeça lemas e ideais dos primeiros movimentos democráticos como, por exemplo, “liberdade, igualdade e fraternidade” que foi o lema da revolução francesa. Em meu modo de ver, foi o ponto de partida para a democracia. O autoritarismo,é sem duvida, um retrocesso na vida de toda a sociedade.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Salvem o faraó!


O país das pirâmides está em crise. Forças populares gritam impulsionadas pelo ar da verdadeira democracia que está engasgado há tempos em suas gargantas. Quem se revolta hoje não é Moisés e os hebreus contra o Faraó, mas é o verdadeiro povo egípcio contra o regime ditatorial de quase trinta anos que impera em seu país. Estão cansados.

A questão política é séria. Não me atreveria a analisar profundamente uma realidade que conheço apenas superficialmente. O que dá para afirmar é que nenhum regime anti-democrático pode ser defendido e um presidente que se acomoda por quase trinta anos no comando de seu país mostra claramente que tipo de "democracia" ele defende. Apoiado em suas jogatinas políticas Hosni Mubarak conquistou confiança da comunidade internacional sendo um fiel escudeiro dos americanos e do ocidente, além de apoiar acordos de paz com Israel ao contrário da maioria dos países árabes. Seria mesmo um desejo de boa política ou uma jogada extremamente conveniente?

Foi muito conveniente, é claro. Os EUA estavam lá prontos a dar abrigo e apoio a ditatura egípcia, justo eles que se dizem os pais da democracia. Porém, Mubarak se esqueceu da primeira lei da política suja e de troca de favores: nunca confie demais em seu aliado. Permito-me acrescentar: especialmente quando este for os EUA.

O povo gritou, foi às ruas, mostrou insatisfação e a mídia internacional concentrou seus olhos sobre o Egito. Tudo isso bastou para que Barack Obama abandonasse o aliado antigo do Ocidente e pedisse uma transição "democrática". Por essa Hosni Mubarak não esperava. Ele teve que ceder e declarou não tentar mais a reeleição, porém se recusou a renunciar imediatamente.

Jogo sujo. O Egito sofre nas mãos da ditadura, os EUA mais uma vez mostram a sujeira de suas alianças que abrigam tiranos desde que esses o apoiem. Agora tudo parece mudar e o povo mostrou poder de voz.

Não sabemos até onde isso terá efeito, mas a esperança é grande. Parabéns ao povo egípcio pela atitude brava de cidadania. Esperemos que a violência não aconteça nesses protestos como já aconteceu em alguns momentos.

Que Mubarak, um pseudo faraó moderno, entenda que chegou a hora de descer do topo da pirâmide, afinal ela começou a ruir.