
Por Vlado
Caros conspiradores, é muito bom compartilhar deste espaço com vocês e debater nossas ideias. Gostaria de parabenizar os recentes dizeres acerca do movimento eleitoral por parte de Erasmus, Frederico e Jostein. Lamento muito a ausência de Mírian, mas sei que em breve ela voltará com todo seu brilho, pois é uma sonhadora verdadeira e está sempre a serviço da construção daquilo que acreditamos ser um mundo melhor.
Hoje gostaria de continuar falando de política, afinal, ela tem uma importância significativa em nossas vidas. Para isso, quero falar da esfera pública, que é onde podemos, enquanto cidadãos de uma democracia, manifestar nossas opiniões e fazer valer a soberania popular.
Algumas discussões surgiram acerca do fato de resultados bizarros das eleições. Tudo isto de maneira muito pertinente. A esfera pública, nosso espaço de ação, foi palco de decisões soberanas, mas altamente criticadas por grupos sociais. O palhaço eleito, sendo o mais votado entre os deputados federais, foi alvo de críticas. Ele ilustra o descontentamento de grandes intelectuais e cientistas políticos com os rumos de nossa democracia.
Porém, creio que apesar de ser um tanto insana a decisão de eleger um candidato que abertamente se propõe a não fazer nada, essa decisão tem um lado positivo. O povo votou sabendo que não haveria retorno, e, embora isto manifeste uma despoilitização, mostra que muitos se cansaram de enganação.
Nos esquecemos que também tivemos o Garotinho como um dos mais votados, o Paulo Maluf também, que, por enquanto, estão barrados pela lei "Ficha-Limpa". Estes são os políticos profissionais, mas poucos se preocupam com a votação dada a eles. E tem outros.
O palhaço acaba sendo mais um de um grupo de resultados duvidosos. Mas a soberania popular quis, ela que decida. Dos três candidatos citados só a lei dirá se assumem de fato. Dois pela lei já citada da "Ficha-Limpa"e o outro precisará provar que é alfabetizado.
Contradições de um país complexo.
Eu, Vlado, quero acreditar que possa ser possível construir um mundo melhor usando a esfera pública de maneira mais ativa. Precisamos repensar muita coisa, mas existe uma luz no fim do túnel. O povo mudou. Muitos já sabem ser críticos, outros já votam com melhor consciência, já outros protestam de maneira perigosa, mas não ingoremos os protestos, eles são essenciais.
Pior do que está, fica sim. Mas pode também ficar melhor, basta continuarmos cobrando, protestando, duvidando, acreditando...
Que venha este segundo turno. Quem será nosso próximo presidente?