terça-feira, 28 de setembro de 2010

Prolegômeno, tudo e nada.



Por Frederico Rosa

Nome e sobrenome. Intróito necessário à identificação prévia de seres desconhecidos, que, por hora, se tornam claros nas manchas físicas ou virtuais de suas escritas, reflexos daquilo pensam e daquilo que são. Na verdade a pretenção aqui não é a conversão de quem lê. Na verdade, à semelhança do velho Nietzsche, “não quero seguidores”. Antes, pelo contrário, sejam críticos de toda crítica, inclusive destas e das suas próprias, as quais não resumem, se quer, um termo do dito sobre a vastidão do mundo e das pessoas que nos cercam. De cada coisa, pode ser que uma palavra não diga nada. Verdades? Talvez seja bom não crer nelas, para não encerrar o que jamais pode ser encerrado ou talvez seja interessante apostar em algumas, dado norte que necessitamos para sustentar a tentativa da vida,juguem como quiserem. Aqui elenco minhas questões e pretendo revisitá-las a cada instante e a cada palavra… o devir me encanta e nada está pronto.

Não dizendo muito, acabei dizendo bastante. Frederico, mensão em vernácula de um incômodo pensador. Aí a indicação real de uma das pretensões deste que escreve. Que seja incomodado o que está estático, para que não prive o movimento do tempo, da história, das pessoas, de cada coisa, impondo suas intrinsecas e pretensas verdades carregas da inércia. Como dizia ele (Nietzsche) vamos às marteladas.

Rosa. Nem a cor e nem a flor. Ao mestre do sertão da geografia e de “dentro da gente” (como ele mesmo dizia), que explorou o com “sabedência” a experiência humana, com sensibilidade. Guimarães que demonstrou a complexidade da simplicidade, que de tão abafada se tornou quase desconhecida e, por isso também, praticamente initeligível. Talvez por isso suas obras sejam um verdadeiro exercício intectual e de leitura.

Frederico Rosa resume, enfim, aquilo que são, para mim, alguns amores. Explicita um gosto, revela um pouco do véu de leitura que tenho do mundo.

Na verdade, incômodo e profundidade, perspicásia e sátira, razão e coração, vida. Resumem o desejo motivador destas e das futaras letras que aqui se cravam.


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