
Os oráculos, na antiguidade, eram procurados pelos homens por darem respostas, orientações em uma situação onde impera a dúvida.
O mais famoso para os Ocidentais talvez seja o oráculo de Delphos, donde encontramos a famosa inscrição celebrizada pelo Sócrates platônico: conhece-te a ti mesmo.
A grande resposta para as perguntas humanas eram encontradas neles mesmos.
A busca humana não finda com o tempo. Somos seres “buscantes”, peregrinos em busca da verdade.
Não abandonamos, tampouco, os oráculos. O mais famoso deles hoje é o Google. Um simples click na palavra buscar e uma imensidão de respostas prontas se nos apresentam. Coisas boas, coisas ruins indistintamente apresentadas, esperando o discernimento do sujeito. Aí reside nossa grandeza e nossa pequenez: somos capazes de de-cidir. Somos também a-críticos para discernir.
Vendo hoje um grupo de pessoas agitando bandeiras de partidos de ideologias diametralmente opostas e que, no entanto, estão coligados, pensava eu com os meus botões e com quem-me-acompanha-o-existir: quem, será, de fato, que vencerá as eleições? O melhor candidato? A melhor proposta? A melhor propaganda?
Estamos diante de uma encruzilhada. A eleição do deputado-palhaço é uma ilustração bastante interessante do nosso tempo: “pior do que tá não fica!” É momento de de-cidir por modelos diferentes de governar.
A qual oráculo consultaremos nesta eleição? Ao que nos dá respostas prontas ou ao que nos ordena: conhece-te a ti mesmo? Cada povo tem o governo que elege, ou é levado a eleger.
Caro Erasmus,
ResponderExcluirPara além da eleição do candidato-palhaço que, provavelmente, será impedido de ser "empossado", e para além do google, a pergunta é: será a consciência o nosso oráculo maior? se for, sinto muito. Não costumamos usá-la, ao menos em época de eleição.