Por Frederico Rosa,
Fim do período eleitoral e o resultado das urnas revelam o histórico feito dos brasileiros: elegeram sua primeira presidente. Penso que, tanto os atores do circo eleitoral, armado especialmente nesse segundo turno, quanto nós, reles mortais sobreviventes da baixaria eleitoral, teremos um pouco de paz. Longe desse “guerra fria” travada nos últimos meses, como se fosse apagada após a apuração das urnas, os olhos dos brasileiros se enchem de esperança na “companheira Dilma”.
Pois bem. Fato inegável é que a política do então presidente Lula de promover políticas públicas e sociais constituiu um ganho para o Brasil e para os brasileiros. Neste sentido espero que, de fato, o governo da presidente eleita siga o mesmo rumo. No entanto, espero mais ainda que seja um governo de protagonismo e não de sombras. Não sabemos se será realmente o governo de uma mulher vencedora das estruturas patriarcalistas ou se, na verdade, em algum momento, será uma vítima diplomada da mesma. É visível o poder que disseminou-se com tal forma de pensar e ver o mundo, então não nos enganemos: pode ser que o corpo mulher não signifique a vitória da mulher...
Quero ser esperançoso neste momento novo, mas não pretendo ser inocente. O momento da euforia da vitória irá passar e nos caberá a tarefa de não deixar morrer os verdadeiros ideais que moveram nosso intento de voto em certo ou certa candidata...
Se Deus existe, que não nos deixe cair na tentação de tornarmos, também nós, as nossas palavras em discursos, quase eleitorais... extasiados e vazios.
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